quarta-feira, março 15, 2006

Conheça o Britpop.Banda que abre o show do Oasis no Brasil.

Oasis no Brasil: entenda o Britpop
15.03.2006

1991, e os adolescentes da turma do fundão foram tomados pela febre grunge do Nirvana e sua Smells like teen spirit, as camisas de flanela xadrez, a atitude meio punk. Mas entre 93 e 94, o jogo virou, Kurt Cobain morreu e deixou milhões de fãs órfãos... e a resposta da Inglaterra para Seattle tinha um nome: britpop.Britpop este que tem um de seus expoentes aterrissando em São Paulo para fazer show único hoje, quarta-feira, 15.03, com 14.600 ingressos esgotados. Os anos 90 voltaram, e o Oasis também: o seu mais novo álbum, Don’t believe the truth, foi considerado uma retomada à boa forma da banda pela crítica especializada.Música e moda na Cool BritanniaO movimento cultural da década de 90 na Inglaterra parecia querer mostrar que os britânicos não iam aceitar uma invasão de produtos culturais norte-americanos. Alguns defendem que o britpop começou com Paul Weller, ex-integrante das bandas The Jam e Style Council, lançando um disco solo homônimo em 92. Weller é chamado de “Modfather” (Pai do mod) e fez parte do revival mod do começo dos 80. Sim, o britpop é, antes de mais nada, mod. A sonoridade é calcada em bandas dos anos 60 como The Kinks e The Who, porém com mais peso (afinal, é o mundo pós-Nirvana). Eles se preocupam com o visual, e parecem uma versão contemporânea de personagens de Blow Up (1966, filme de Antonioni que celebra a Swinging London). Tudo é mais alinhado que o grunge, meio retrô, com alfaiataria ajustada, gravatinhas, cabelo compridinho dos lados e a franja mais curta (os símbolos aparecem em maior ou menor grau – Jarvis Cocker, o vocalista do Pulp, é “overmod”; Damon Albarn, do Blur e atual Gorillaz, de mod não tem nada; Brett Anderson, do Suede, é mais dândi do que mod; Liam Gallagher, do Oasis, é ultra blasé como todo bom mod). Discos essenciais do BritpopO Chic preparou uma lista (que inclusive, reconhecemos, deixa muita coisa boa de fora) para quem quer ter os álbuns principais do movimento inglês na sua discoteca. Não pode faltar:. (What’s the story) morning glory?, Oasis, 1995Cheio de hits, como Champagne Supernova e Wonderwall, e responsável pelo sucesso da banda no mundo inteiro.. Parklife, Blur, 1994Apesar de The great escape ter sido o protagonista da briga Blur x Oasis pela preferência dos ingleses (junto com o Morning Glory supracitado), é em Parklife que está a divertida Girls & Boys – garantia de pista cheia até hoje.. Different Class, Pulp, 1995Jarvis Cocker, o vocalista da banda, já foi chamado por muita gente de geek chic. Marc Jacobs já disse em entrevista que ele “gostaria de ficar como Wes Anderson ou Jarvis Cocker ficam em um terno... Eu não sou tão alto e estou meio acima do peso”. Geek chic é usar o seu melhor terninho e o seu melhor par de óculos de aro grosso para dançar Disco 2000 e Common People, desse disco.. Coming up, Suede, 1996“Here they come, the beautiful ones…”: o refrão pegajoso abarcou a banda para o posto de um dos ícones do britpop.. Urban Hymns, The Verve, 1997Um disco primoroso, que vale por toda a existência da banda, com músicas como The drugs don’t work, Lucky man, Sonnet e o sucesso Bittersweet Symphony.
fonte:http://chic.ig.com.br/materias/359501-360000/359569/359569_1.html