Veja o que Alexander McQueen mostrou em Paris para o inverno 2007.

Paris, 3 de março de 2006-Um Alexander McQueen em seu melhor estilo. Clássico, até.
Neste desfile de inverno 2007, todos os elementos que fizeram e fazem a glória do estilista: uma alfaiataria poderosa; um styling absurdo (o que eram os cabelos e as maquiagens?); saltos altos; surrealismo, em vestidos grandiosos, surpreendentes, inesperados.Uma modelo entra com um ninho na cabeça; outra com penas de passarinho, outra com penachos; outra com um longo todo de pluminhas minúsculas.
As penas viram estampas. É a base de tudo.O início, todo em bege, cobre e dourado, faz aparecer também as anquinhas, na silhueta vitoriana recorrente na coleção, em que McQueen redesenha a silhueta.
Aos poucos, a música atmosférica vai dando espaço para batidas eletrônicas sincopadas sobre gaitas de fole. McQueen celebra o Reino Unido, com lindos tartans tanto em terninhos ultrachiques como em calças que acionam o punk.
Afinal, McQueen é, antes de tudo, um rebelde.Do cinza e dos tartans, vêm lindas rendas, peles (no megacasaco ovo de Jeísa e no trench giletado), até começar o drama, outra característica do estilista.Um grande vestido preto, num material de efeito tecno; um longo profundo em Carol Trentine, de veludo; megacapas sobre camisolas; jabôs de romantismo exacerbado.
Os vestidos finais (a mulher-árvore vivida por Raquel Zimmerman; a princesa Gemma; peças históricas) nem valem a descrição: melhor olhar as fotos. Uma coleção impecável, num desfile impecável, com peças fortes e outras comerciais, que vão vender pela emoção que provocaram nesta noite. E porque são bem-feitas pra caramba.